A Capela de São Roque situa-se dentro de Forte de São Roque, numa zona mais elevada a Poente do povoado. Tem fachada principal e fachada lateral direita para caminho empedrado e de terra batida que sobe do povoado para o Forte, a fachada lateral esquerda fica virada para quintal murado, e a fachada posterior está adossada a casa particular.
O Forte de São Roque é um exemplo de arquitectura militar moderna abaluartada, constituído por quatro baluartes dispostos nos vértices de polígono interno que forma um rectângulo com porta de acesso. Foi mandado edificar por Manuel Azevedo Fortes entre 1705-1710, governador da Praça de Castelo de Vide.
Esta construção é feita em alvenaria de pedra à fiada com argamassa de cal, escarpada do lado exterior e com terraplenos do lado interior. Os baluartes são pontiagudos com guaritas em tijolo maciço e rebocadas. O Forte de São Roque, assim como toda a fortificação de Castelo de Vide foram alvo de várias intervenções, a última das quais em 2002.
Em 1856, o Pe. António de Melo e Castro Patacas, pede autorização para no dia de Festa do Santíssimo dar de esmolas “oito alqueires de pão de trigo, (…) mas também trazer para Santa Maria a imagem de São Roque para se lhe fazer uma novena, e poder ser venerada por maior número de pessoas[...]”.
A Confraria foi extinta, passando os devotos, principalmente os do Prado, a organizar a festas de São Roque, sendo estas consideradas as festividades mais importantes do concelho. No dia 16 de Agosto, os “festeiros” trajavam as chamadas capas de São Roque, de cor preta com golas e bandas vermelhas. A festa decorria durante dois dias em honra de São Mamede e de São Roque (a 16 de Agosto). Cada devoto trazia de casa uma cadeira para se sentar na Capela e assistir à Eucaristia seguindo-se a procissão com os andores de S. Roque e S. Mamede, acompanhada por uma banda de música, que percorria algumas artérias do centro Castelo de Vide.
Tradicionalmente procedia-se ao leilão dos ramos de flores oferecidos pelos devotos, e no dia em que os rebanhos eram reunidos para a ordenha no Largo de S. Roque, oferecia-se leite cabra às crianças.
Em Março de 2005, a Capela de São Roque foi adaptada a Núcleo Museológico.