A origem da Capela de São Roque das Cortes poderá estar relacionada com a peste de 1564, que assolou estes territórios.
A fachada demonstra influências do período da renascença nas pilastas que decoram a porta de acesso. A remodelação do templo ocorreu no século XVIII e, mas no interior ficou encastrado um fuste dum cruzeiro quinhentista. Destacam-se os elementos do seu interior, designadamente a imagem em madeira polícroma de São Roque do século XVII, que se encontra no nicho do altar-mor, e pinturas a fresco, com a representação de São Cibrão “SANT CIBROM”, do lado do Evangelho, uma figuração de Nossa Senhora, do lado da Epístola, e uma Cruz, sobre o nicho central.
Num cunhal do sub-coro encontram-se elementos de um antigo cruzeiro, tendo inscrita na base a data 1557 e no fuste estão esculpidos os símbolos da Paixão de Cristo.
O templo recebeu, sucessivamente, obras de restauro nas décadas de 1950 e de 1990 a 2000. No ano de 2005, a Fábrica da Igreja de São Cipriano de Vila Nova de Cerveira solicitou um parecer ao Gabinete Diocesano de Arte Cultura, sendo realizadas obras determinantes de consolidação e beneficiação do templo. As despesas com as obras foram assumidas pela Fábrica da Igreja de São Cipriano, pelas comissões de festas de São Roque e pelas dádivas das populações de Cortes, Prado e Ameal.
Cruzeiro de São Roque
Possui um fuste cilíndrico, assente num plinto que, para além da data, tem gravados ossos e caveiras, que mais não são que símbolos relacionados com a morte. Remata numa cruz, assente num capitel de tradição coríntia, apresentando uma dupla figuração: Cristo crucificado e na face oposta uma Nossa Senhora.