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“Diz o Marqu.z Mordomo Mor Assistente a V. Mag.de e mais Mezarios da Real Irmandade de S. Roque da qual V. Mag.de he Provedor Perpetuo, e Protetor, que tendo merecido a V. Mag. de de mandar, que na Aula Regia da Escultura se tirasem os moldes necessarios p.ª se fundir a Arelicario, em que se deve conservar a Relíquia do glorioso Sancto pt. o que se expedirão os Régios Livros de Copia junta; se effectuou como effeito a mencionada Obra m.to perfeitam.te e se acha fundida com com excellente metal para o qual concorreram os donativos da maior parte dos Irmãos faltando tratar se da fundição p.ª a qual se acha prompto o metal necessário a que os mesmos Irmãos Concorrem por isso que as rendas que teve a Irmandade se acham attenuadas; assim como forão delapidadas no tempo da Invazão as Alfaias, e ornam.tos, de que a Irmandade usava nas suas festividades. Nestas circunstâncias recorre a Irmandade a Piedade e Proteção de V. Mag.de; para obter a continuação da pr.ª Graça mandando que o mencionado Arrelicario seja lavrado, e dourado, na fundição pelos excelentes artifices, que ali há em semilhante género: apromptando a Irmandade todo o Ouro q for necessário p.ª que a Obra fique perfeita. Port.º.
P.a V. Mag.de se digne fazer lhe a Graça implorada, mandando expedir para este fim hum Régio Aviso: bem como se expedio p.ª a Aula da Escultura” (AH/IMSRL, Do. 14, cx.46).
Em 1833 são pagas as despesas de “3 plantas para o Relicário, a M.el Eleutério -2$880rs; o entalhador pelos moldes para fundir o dito - 7$250rs; Gratificação na Aula d’Escultor do dito em cera - 2$880rs; armar, doirar, o Relicário na Fundição - 60$000rs; dois vidros lapidados para os ditos - 1$880rs; o moço que foi 3 vezes à fundição para trazer o Relicário e 4 ao Passo, e a Benfica - 1$440rs”(AH/IMSRL, Doc. 26-A)